
Introduzo aqui, este texto escrito no livro "Vivendo com os Mestres do Himalaia", do Meste Swami Rama, (Suas Experiências Espirituais), que traz lições importantes e valiosas para o crescimento pessoal e espiritual de cada um de nós.
(....) Os estrangeiros vão ao Himalaia e sobretudo a Darjeeling para escalar montanhas com o auxílio dos xerpas. Durante sua expedição, falam e pensam em Xangrilá, homens das neves e ietis.(*)
carregam câmaras, tendas, máscaras de gás e alimentos enlatados, e chegam a provocar desordens em alguns lugares. Existe, porém, uma parte desconhecida do Himalaia, e os que não estão preparados e têm amor à vida não devem sequer tentar alcançá-la.
Certa vez, encontrei um homem rico do ocidente, acompanhado de um grupo de indianos, que andava à cata de homens das neves. Não consegui convencê-los de que os chamados ietis, ou homens
das neves, não existem, e eles gastaram quatro meses e 33.000 dólares procurando-os. Mas voltaram a Deli decepcionados. Esse americano rico pretendia filmar um ieti ou homem das neves e chegou a publicar a fotografia de um sadu nepalês, chamando o sadu de homem das neves. Encontrei também uma mulher ocidental com dois guias xerpas em Siquim. A mulher sofria de grave ulceração produzida pelo frio e confidenciou-me que sua missão na vida consistia em procurar homens das neves. Ficou em Dargeeling e realizou três tentativas para encontrá-los mas nunca achou nenhum.
(....)
Swami Rama continua a sua narrativa, na página 46: "A mente humana" permanece sob a influência da ilusão até que a ignorância se dissipe de todo. Quando não há clareza mental, os dados coligidos do mundo exterior não são percebidos de maneira coordenada, e a mente enevoada tem uma visão falsa. Essa é uma das modificações da mente, como a imaginação, a fantasia, o símbolo e as ideias. Maya é a ilusão cósmica e avidya, a ignorância individual que decorre da falta de conhecimento dos objetos e da sua natureza. É outra ilusão. A história do Pé Grande baseia-se na crença numa fantasia e na percepção desordenada. Quando um urso se põe a correr sobre a neve, escala montanhas ou se precipita encosta abaixo, o tamanho das suas pegadas torna-se muito grande. Quando tive um urso de estimação, eu mesmo fiquei surpreso com o tamanho das pegadas produzidas por ele. Costuma ser grande e semelhante a um pé humano.
Infelizmente, o mundo, sob o influxo da ilusão, ainda está à procura de sombras e do pé grande. Chamo-lhe maya himalaica. Nasci e vivi nestas montanhas e nada tenho para dizer aos que gostam de acreditar em mitos e ainda buscam o que nunca existiu. Deus lhes ajude as almas mal orientadas. Estas não são pegadas do homem das neves nem de ietis, mas da ilusão.
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Finalizo com esta afirmação de Hamed, guia espiritual de Francisco do Espírito Santo, na página 55 do livro: As Dores da Alma:
A consciência humana está quase sempre envolvida por ilusões, que impossibilitam, por um lado, a capacidade de autopercepção; por outro, dificultam o contato com a realidade das coisas e pessoas.
Não culpemos ninguém pelos nossos desacertos, pois somos os únicos responsáveis - cada um de nós - pela qualidade de vida que experimentamos aqui e agora.
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>> Estarmos centrados, ligados com o Deus Superior em nossos corações, e firmes tal como uma árvore frondosa, e de copa larga e cheia, significa estamos ligados com o céu e a terra - isto nos dá uma visão maior e mais ampla de que conseguimos perceber a verdade de tudo o que está ao nosso redor, e contemplar e sentir o pulsar de todas as coisas que está mais distante de nós. Percebamos com os olhos da Alma. A ilusão pode trazer dores. Não permita que este véu envolva o seu corpo mental e prejudique a sua realidade pessoal.
Namastê!!! __/|\__
(*) Ietis > Homens das neves
Zenalva Rita (*) Luz no Coração
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